Viver para Lutar e Vencer

Viver é lutar! Na grande competição da existência humana, viver é engendrar caminhos seguros para vencer as lutas da vida. O poeta maranhense Gonçalves Dias, em seu famoso poema “Canção do Tamoio”, assim se expressou: “Viver é lutar. A vida é combate, que aos fracos abate; que os fortes, os bravos, só pode exaltar”. Com estas palavras iniciais, gostaria de fazer desta mensagem uma saudação singela que redunde em ânimo e alento ao presidente eleito do Brasil, Jair Messias Bolsonaro. Ele vai precisar de toda ajuda, de Deus primeiramente, e também do povo brasileiro, para fazer um governo que realmente mude os rumos e molde um futuro promissor para a nossa grande nação.

O presidente eleito Jair Bolsonaro está costumado a lutas, isso não lhe é de modo algum estranho. Ele sabe que vivemos em um mundo de competição acirrada, em qualquer área que se pense. No esporte, na escola, no trabalho, na igreja, na família; enfim, em todos os meios e lugares, em tudo o que fazemos, estamos de alguma forma competindo, lutando.

Desde a mais tenra infância, ele sabe que é preciso competir e suar para ganhar o pão de cada dia. Portanto, sabe sobejamente que deverá enfrentar setores inteiros da sociedade que desconhecem isso, porque se acostumaram a viver da mamata de recursos públicos fáceis e pelos quais não precisaram lutar, apenas se alinharam aos parasitas maiores que os favoreciam.

Boa parte das vezes, o presidente Bolsonaro terá de se deparar com pessoas que se esquecem ou simplesmente não dão o mínimo valor aos princípios básicos que deveriam nortear as competições na vida. Por isso, na mesma proporção, se verá envolto em conflitos, antipatias, ciúmes e, inclusive, frente a frente com crimes de vários tipos e matizes. Contudo, seja forte, firme e seguro!

Nesta luta, há um componente comportamental que tem até nome de “lei” – a “lei de levar vantagem”. Só interessa o “meu”. Os “outros”, que lamentem. Isso é próprio da vida e também da política partidária. Contudo, no Congresso como na vida, é o conjunto formado pelos “eu” e “outros” do mundo que realmente conta, não o “nós contra eles”. Jair Bolsonaro sabe que foi eleito por uma maioria expressiva de eleitores, os quais querem mudanças radicais; mas terá de governar o Brasil para todos, inclusive para os adversários políticos e os egoístas de plantão que não querem mudar nada.

Convém lembrar que a competição da vida, em si mesma, a princípio, não é boa nem má. Mas ela requer necessariamente componentes morais e éticos que a norteiem. Esta é a mola-mestre que impulsiona a vida. O que fazemos com ela e a partir dela é que diz se é boa ou má, se produz vida ou gera morte.

No esporte, cunhou-se a expressão: “O importante é competir”. Mas como ninguém gosta de perder, e todos querem ganhar, tem-se a impressão de que ganhar é algo divino; e perder, não. No esporte, normalmente, pode haver sempre uma outra partida da qual possamos sair vitoriosos. Na vida, porém, nem sempre as oportunidades reaparecem. Como diz o sábio provérbio chinês: “Há três coisas na vida que não voltam atrás: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida”.

Desse modo, espera-se que o presidente Jair Bolsonaro não negocie valores, nem perca as oportunidades; e, mesmo quando tiver de recuar um pouco, mantenha o curso. Avance sempre! A razão disso tem a ver com a compreensão de que, na vida, mais do que ganhar, o importante é saber ganhar; mais do que perder, o importante é saber aprender com as derrotas, levantar a cabeça e prosseguir.

Jair Bolsonaro sabe, por experiência própria, o que já foi comprovado na natureza: dentre os animais, mesmo sendo considerado “racional”, o ser humano é o único o que, nas suas relações de competição, trai e mata por motivos mesquinhos. Essa foi a base do atentado que sofreu antes das eleições. Convém continuar tomando cuidado com sua segurança pessoal, sem esquecer que a proteção maior vem de Deus, que acampa os seus anjos ao redor dos que o temem e os livra. Simples assim.

Jair Bolsonaro é um líder em construção e, como tal, precisa saber que sempre pode aprender das mais diferentes fontes, inclusive com os animais, algumas lições cruciais das relações sociais. Um texto, de “autor desconhecido”, apresenta a lição que os gansos selvagens nos oferecem. É a seguinte: “Quando voam em formação de “V”, eles o fazem a uma velocidade cerca de 70% maior do que se estivessem sozinhos. Além da utilização de princípios da aerodinâmica, eles trabalham em equipe. Quando o ganso que está no ápice do “V” se cansa, ele passa para trás da formação e outro assume a ponta. Além de conhecerem seus limites, eles estão partilhando a liderança. Quando algum ganso diminui a velocidade, os que vão atrás grasnam aos que estão à sua frente, como a encorajá-los, o que demonstra amizade. Quando um deles, por doença ou fraqueza, sai da formação, outro no mínimo se junta a ele, passando a ajudá-lo e protegê-lo, o que mostra solidariedade”.

É necessário, pois, agora que está na liderança deste grande país, encorajar a todos, mostrando compaixão e afeto; enfim, somando forças para que todos de alguma forma saiam ganhando. Sua recompensa maior será dupla: ver o povo viver bem melhor e poder, assim, desfrutar sem culpas do privilégio de pertencer à coroa da criação de Deus. Esse é um modo esplêndido de corresponder às expectativas que Deus tem de cada um de nós.

Gostaria de destacar dois princípios adicionais que, se praticados, podem contribuir para que o presidente Jair Bolsonaro e todos os demais brasileiros saiam ganhando nas árduas competições da vida. O primeiro princípio é bíblico: a “Regra Áurea” das relações interpessoais. Jesus ensinou: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Mt 7.12). Observemos que Jesus prima por ressaltar o lado positivo. Para Ele, não basta não fazer aos outros o mal que não queremos para nós; antes, é preciso fazer o bem. Isso requer humildade e coragem. Assim, na competição normal da vida, é preciso “jogar limpo”, respeitando a Constituição e as leis, e principalmente a Bíblia, e assim, criar um ciclo positivo de boas relações. Urge, portanto, ensinar isto aos brasileiros pelo seu exemplo e coragem.

O segundo princípio é: não leve a vida tentando ser melhor que os outros; isso não deu certo com outro presidente. Antes, seja sempre o melhor que você pode ser com aquilo que tem. Em vez de competir com outros, procure competir consigo mesmo. Ao proceder assim, com certeza você será melhor que muitos. Se, afinal, não for o melhor, pelo menos saberá que deu o máximo de si e terá paz de espírito.

Que Deus ajude o presidente Jair Messias Bolsonaro a lutar e a vencer os grandes obstáculos à frente, em fazendo um grande e excelente governo. E que todos os brasileiros sejam vencedores!

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

CADB

CADB

Convenção da assembleia de Deus no Brasil

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