Qual a razão de tantos males no mundo e seus problemas decorrentes? Por que há tantos conflitos interiores, tantas deformidades psicológicas e emocionais?

Sempre que posso, tenho lido livros e assistido a vídeos que tratam dos mais variados problemas existenciais, alguns dos quais até buscando soluções que possam ir além da mera ação cosmética e paliativa.

No entanto, tenho igualmente percebido que a maioria absoluta procura abordar, não as causas reais dos problemas, mas apenas como aliviar suas frustrações mais superficiais. Algumas propagandas oficiais também estão nesse rol.

Tome-se, por exemplo, as propagandas contra doenças sexualmente transmissíveis. Nelas, basta usar a camisinha para se tornar imune à doença. Trata-se, a meu ver, apenas da superfície do problema. Deixa-se de abordar as verdadeiras causas, que são a promiscuidade sexual e a infidelidade conjugal, ambas resultantes da derrocada moral de nossa sociedade. Evita-se, hipocritamente, tratar de pureza moral, porque esse é um conceito que passa longe das mentes supostamente privilegiadas da maioria das autoridades.

Desse modo, quero voltar a uma velha abordagem, já há muito em desuso, que é a avaliação bíblica e teológica a respeito dos males que nos afligem. Acredito haver, no geral, quatro razões principais para a existência da gama de problemas que nos ferem o íntimo e tentam nos destruir, a saber:

(1) O PECADO DE UM MUNDO CAÍDO.

O fato de vivermos em um mundo caído e pecaminoso é o fator preponderante entre as causas de enfermidades do corpo e da alma. A Bíblia afirma que “o mundo inteiro jaz no maligno” (1Jo 5.19). A sociedade, em função disso, está eivada de mazelas e patologias que causam deformidades no nosso interior e à nossa volta.

O egoísmo característico da nossa sociedade humanista gera certas opressões e debilidades que neurotizam e angustiam as pessoas. O mundo egoísta onde cada um tenta levar vantagem e galgar sua posição, muitas vezes não importando quantos serão pisoteados no caminho, é o campo de batalha onde são geradas muitas mazelas que adoecem as pessoas.

(2) O CONFLITO INTERNO ENTRE O BEM E O MAL.

Quando queremos fazer o bem, mas algo dentro de nós teima em realizar o mal, estamos no centro desse conflito que atinge a todos os seres humanos. O apóstolo Paulo assim o descreveu: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum; pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7.18).

Essa luta interior de querer ser bom, ajustado e íntegro, mas não ter forças em si mesmo para sê-lo, em suma, é a psicose fundamental de todo ser humano. Em vivendo na contradição de um comportamento desajustado, surge a implacável presença da consciência e suas cobranças, com o afloramento de deformidades e patologias.

(3) AS OPRESSÕES ESPIRITUAIS.

Paulo afirma que enfrentamos uma dimensão de luta essencialmente espiritual, e que esta luta “não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12).

Isso quer dizer que estamos expostos às agressões espirituais da maldade ao nosso redor, pelas suas influências malignas, que a todo instante tentam lançar suas setas diabólicas inflamadas em nossa alma. Não lutamos só na superfície – contra as coisas visíveis ou contra a química do corpo – mas também no emaranhado das complexidades espirituais ao nosso redor. Dizer que não existem o mal fundamental e as forças espirituais da maldade não os exorcizam de nossa existência.

(4) O LEGADO DE NOSSOS PAIS.

Somos marcados pela educação que recebemos, algumas das quais geradas por falta de sabedoria, discernimento e compreensão, ou talvez por mera ignorância e desvios comportamentais, principalmente por parte dos pais. Por mais que os pais amem os filhos, sempre trazem uma gama de imperfeições de sua educação anterior e as repassam de alguma forma aos filhos, porque também são vítimas de suas próprias deformidades interiores e visão limitada.

O certo é que, embora a sociedade ocidental tenha sido fundada sobre fundamentos cristãos, estes já de muito foram esquecidos ou meramente desprezados.

O Evangelho do reino de Deus reivindica para si a solução de todos os males que afligem o ser humano, uma vez que esta foi a razão principal pela qual Cristo morreu e ressuscitou, para restaurar o reino, salvar os pecadores e dar a vida eterna e plena a todos os que creem.

A cura dos males que nos afligem está em descobrir e viver o Evangelho autêntico de Jesus Cristo. Somente Ele é a solução para todos os males que nos afligem! Creia em Cristo e viva eternamente!

“O fato de vivermos em um mundo caído e pecaminoso é o fator preponderante entre as causas de enfermidades do corpo e da alma.”

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