O maior presente de todos é certamente aquele que faz a maior diferença para quem dá e para quem recebe. Então, se lhe fosse solicitado, a quem elegeria, pela sua importância histórica e pela diferença que fez nos séculos e nas gerações, como “o maior presente de todos”?
Thomas Cahill escreveu uma obra de sete volumes na qual buscava recontar a História, não como uma sequência de catástrofes, mas como a história de personagens que contribuíram com grandes dons para o desenvolvimento da humanidade. O volume três trata de Jesus de Nazaré, a quem Cahill chamou de “a figura central da civilização” e que fez “a maior diferença no mundo”.
A vida de Jesus na terra foi extraordinária, de qualquer ângulo que se veja. Mas quando celebramos o Seu nascimento, o fazemos de maneira completamente diferente da que geralmente se faz dos outros personagens da história. Quando é hora de homenagear as figuras imponentes da história, não pensamos neles como bebês.
É difícil sequer imaginar os franceses homenageando Napoleão como um pequeno bebê de fraldas; ou os americanos homenagearem Abrahão Lincoln fofinho em sua cabana de toras de madeira no Kentucky. Estes e todos os outros são lembrados por suas contribuições como adultos.
A obra de Jesus adulto foi mais importante que qualquer outra, mas no Natal pensamos Nele como “um menino”. Está escrito: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6). “Um menino nos nasceu”, ou seja, Jesus se tornou um de nós, nascendo da mesma forma que todos os simples mortais. “Um filho se nos deu”, ou seja, Jesus era Deus em forma humana, o Filho de Deus que se tornou carne e habitou entre nós.
De fato, Jesus foi o maior presente de Deus para a humanidade: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
A figura de Jesus como bebê foi marcante porque Ele era o próprio Deus, o Criador do Universo visitando este planeta. Precisamos nos maravilhar com a Sua encarnação, pois foi esse fato que abriu a porta da salvação para todos nós. É preciso celebrar o bebê, sem tampouco esquecer que é necessário confiar no Homem e Salvador, pois é isso que torna o Natal tão completo.
Quando o anjo Gabriel anunciou o nascimento de Jesus, disse a Maria: “E lhe porás o nome de JESUS, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Pedro afirmou: “Por meio de seu nome, todo aquele que Nele crê recebe o perdão de pecados” (Mt 1.25; At 10.43). Assim, o que torna Jesus o maior e mais importante presente de todos é principalmente a singularidade de que “não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12).
Natal é sinônimo de presente, o maior de todos: Jesus! Natal é sinônimo de Salvação. Sem Jesus e sem salvação, o Natal jamais será completo. Natal é também o tempo de reconhecermos Jesus como Rei, Senhor e Salvador.
Quando uma pessoa recebe Jesus em seu coração como Salvador pessoal, Ele a salva dos seus pecados, enche sua alma de paz e orienta a sua vida. Alguns pensam que só o fato de serem religiosos já é suficiente. Talvez um dia descubram essa verdade: “É muito fácil andar com Jesus no peito. Difícil é ter peito para andar com Ele”.
A minha oração é que, neste Natal, o Senhor Jesus, o maior presente de todos, tenha motivos para se alegrar pela maneira que estamos vivendo e pelo modo como celebramos o Seu aniversário. Feliz Natal!
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém